quarta-feira, 14 de março de 2012

Quero voltar

«Tudo começou por uma grande solidão quando, em Agosto de 1940, com vinte e cinco anos, o irmão Roger deixou o seu paísde origem, Suiça, para ir viver em França, o país de sua mãe.
Havia vários anos que sentia o apelo a criar uma comunidade em que se concretizasse todos os dias uma reconciliação entre cristãos, « onde a benevolência do coração seria vivida muito concretamentee onde o amor estivesse no coração de tudo». Essa criação, desejava inseri-la na angústia da sua época, e foi assim que, em plena Guerra Mundial, se fixou na pequena aldeia de Taizé, na Borgonha, a alguns quilometros da linha de demarcaçãoque partia a frança em duas. Escondeu então refugiados (especialmente Judeus) que sabia que, fugindo da zona ocupada, poderiam encontrar refugio em sua casa.
Mais tarde, juntaram-se-lhe irmãosve foi no dia de Páscoade 1949 que os sete primeiros irmãos se comprometeram para toda a existencia no celibato, na vida comum e numa grande simplicidade de vida.
No silêncio de um longo retiro, no Inverno de 1952-1953, o fundador da comunidade escreveu a regra de Taizé, exprimindo para os irmãos "o essencial permitindo a vida comum". »


Taizé, Um sentido para a vida.Olivier Clément

Podia continuar a ditar esta magnifica historia que me enche o coração, mas sabia que me podia pronlongar até aos dias de hoje.
Tudo naquela comunidade foi evoluindo, dando origem a uma historia que nunca irá acabar.
A comunidade de Taizé abriu-me as portas para olhar a vida de uma maneira diferente àquela que vivera até então, a comunidade é um completo Sentido para a Vida em si.
Não me canço que repetir a mesma frase vezes sem conta dentro da minha cabeça, « o essencial permitindo a vida comum». Foi mesmo isso, a simplicidade. Numa semana percebi  o quão futil é o meu dia-a-dia, o quanto posso fazer por mim e pelos outros, o que tenho ainda para mostrar.
Irmão Roger é para mim um exemplo. Lutou, esforçou-se, guiou-se pelo que o coração lhe dizia e assim, criou.
Quero voltar. Quero voltar para mais uma vez relembrar a minha fonte de felicidade, o ponto de abrigo em momentos de solidão e de perda de identidade.
Quero voltar.
Vou voltar.